Nem tudo é mais como deveria ser. As ruas estão cada dia mais movimentadas e os jardins mais ralos, sem reparos ou cuidados. As folhas que caem por ali vão ficando, servindo de adubo pro concreto e pro asfalto, que não param de se expandir. Pessoas comercializam aquilo que não se vende, ou pelo menos não se deve vender ou negociar, enfim.
Cada vez mais fácil saber dos efeitos da urbanização, da tecnologia, do aquecimento global e da falta de água potável, mas é difícil ainda descobrir e porquê disso tudo como parar essa progressão de efeitos, ou seria de defeitos?
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Nem tudo parece mais estar onde deveria. Os pássaros não se encontram mais pelo céu, as crianças não brincam mais à luz do dia, os casais não se encontram mais nas praças, o sorveteiro trabalha sob encomenda. O sol parece estar mais distante, iluminando menos e queimando mais. Palavras não saem mais pela boca, mas sim por meio de papéis, mensagens eletrônicas, ondas eletromagnéticas. Ou simplesmente não existem.
Cada vez mais difícil aceitar as causas da desumanização, da disparidade social,do egocentrismo, da depressão, mas é fácil entender e achar um diagnóstico com uma receita preventiva, afinal, é normal ter problemas na vida. Óh vida, se vencer os problemas é tão gratificante, por que não se vê mais prazer na vitória?
Disso tudo é possível entender uma coisa: o mundo está cada vez mais diferente, e a humanidade pensando cada vez mais igualmente.
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Será?